Os homens têm naturalmente o sentimento da amizade, necessitam uns dos outros, rendem-se à piedade, socorrem-se mutuamente, compreendem-se e se mostram gratos. Mas possuem também o sentimento da inimizade. Quando suas ideias sobre os bens e os prazeres são as mesmas, lutam por alcançá-las.
Quando dividos pelas opiniões, combatem-se uns aos outros: a guerra nasce da disputa e da cólera; a malevolência, dos desejos ambiciosos; o ódio, da inveja. E assim por diante... Mas a amizade vence todos os obstáculos (como num filme épico, onde os soldados cobrem a retaguarda um do outro até o final), ou pelo menos deveria ser assim, para unir os corações virtuosos: é que, graças à virtude, os homens preferem possuir em paz bens moderados a tudo ser dominado pela inveja. “Quem quer ser um milionário?”
Com fome ou sede, cordialmente dividem os alimentos e a bebida. Cobiçosos de um belo objeto, como carro, ou casa, sabem resistir a si próprios para não aflingir aqueles que deve respeitar. Não tiram das riquezas se não sua parte legítima (dar mais valor ao que valhe menos, e menos ao que valhe mais), sem nenhuma ideia de cupidez, e demais auxiliam-se uns aos outros. Sabem resolver suas divergências não somente prejudicar-se, mas ainda com mútua vantagem, e impedir a cólera de ir até o rompimento.
“Os maus foram feitos antes para odiar-se mutuamente que para amar-se. “
Por isso, amo meus amigos, mesmo que distantes de mim nesse momento, são como estrelas, algumas delas cadentes, passam rápidas por nossas vidas e marcam pra sempre. Quer descobrir se tem amigos verdadeiros? Olhe para o céu um instante, de preferência à noite, e pense naquela pessoa como uma estrela, que apesar de distante estará sempre lá, no mesmo lugar pra quando você quiser olhá-la, e sentir-se seguro de seu brilho. Se essa pessoa é essa estrela, então essa amizade é verdadeira.
Já disse eu te amo para um amigo hoje?
Há 14 anos
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