Cansada de parecer forte, imbatível, incapaz de desmoronar pelos motivos mais fúteis [ou não]. De de ser sempre o ombro amigo, o colo, o afago, o apoio, o ouvido, estava cansada de ter sempre as palavras e os conselhos propícios para o momento. De ser o pai, a mãe, o irmão o avô.
Gritou, pelos seus erros e também pelos erros dos outros. Explodiu em risos e lágrimas. Espantou, emocionou e se entregou.
Ahhhh, como era bom sentir-se liberta daqueles nós que a sufocavam. Como o mundo parecia ainda mais gigante sem toda a carga de carregar o ar de mocinha leve, feliz e sempre de bem com a vida. Como podia ser prazeroso deixar-se abalar e demostrar os tremores sísmiscos aos seus sem máscaras, nhé-nhé-nhés e blá-blá-blás.
No meio da tempestade de sentimentos a flor da pele, deu-se conta, mais uma vez, que a história da vida surpreende sem avisar, pegando de sopetão os despreparados. E ela que se sentia preparada para o que der e vier, mais uma vez se deu conta que não ter fé em nada deixa um enorme vazio quando ficamos cara a cara com a morte. Que estar sozinha não muda nada, pois é um estado conhecido e até algum tempo atrás, desejado.
No fundo sabe, que ainda será surpreendida pelo medo da perda da vida de quem ama e que só sentirá falta da tal da fé nessa ocasião, que muitas vezes mais irá se entristecer por viver uma história com intensidade unilateral.
E ela no fundo sabe, que viver, so-breviver e escrever a história da própria vida é um enorme desafio recheado de dramas, romances, ações e comédias.
ao som de: [pq? pq no meio dessa feijoada de sentimentos, ganhei de brinde a gripe do frango]
Há 14 anos
Um comentário:
Adorei a Musica!!
Verdade!!!
Adorei mesmo...
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