22.4.09

A ARTE DE VIVER

Cansada de parecer forte, imbatível, incapaz de desmoronar pelos motivos mais fúteis [ou não]. De de ser sempre o ombro amigo, o colo, o afago, o apoio, o ouvido, estava cansada de ter sempre as palavras e os conselhos propícios para o momento. De ser o pai, a mãe, o irmão o avô.

Gritou, pelos seus erros e também pelos erros dos outros. Explodiu em risos e lágrimas. Espantou, emocionou e se entregou.

Ahhhh, como era bom sentir-se liberta daqueles nós que a sufocavam. Como o mundo parecia ainda mais gigante sem toda a carga de carregar o ar de mocinha leve, feliz e sempre de bem com a vida. Como podia ser prazeroso deixar-se abalar e demostrar os tremores sísmiscos aos seus sem máscaras, nhé-nhé-nhés e blá-blá-blás.

No meio da tempestade de sentimentos a flor da pele, deu-se conta, mais uma vez, que a história da vida surpreende sem avisar, pegando de sopetão os despreparados. E ela que se sentia preparada para o que der e vier, mais uma vez se deu conta que não ter fé em nada deixa um enorme vazio quando ficamos cara a cara com a morte. Que estar sozinha não muda nada, pois é um estado conhecido e até algum tempo atrás, desejado.

No fundo sabe, que ainda será surpreendida pelo medo da perda da vida de quem ama e que só sentirá falta da tal da fé nessa ocasião, que muitas vezes mais irá se entristecer por viver uma história com intensidade unilateral.

E ela no fundo sabe, que viver, so-breviver e escrever a história da própria vida é um enorme desafio recheado de dramas, romances, ações e comédias.

ao som de: [pq? pq no meio dessa feijoada de sentimentos, ganhei de brinde a gripe do frango]

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei a Musica!!

Verdade!!!

Adorei mesmo...